A fábrica perfeita
Imaginemos primeiramente, uma “fábrica perfeita”. Nesta “fábrica perfeita”, as máquinas funcionariam 100% do tempo a 100% da capacidade e produzindo 100% com qualidade.
Na vida real, 100% é uma utopia, uma referência de excelência a ser alcançada através da melhoria continua, pois, a luta é constante para alcançar o máximo da eficácia da máquina.
Na década de 1960, o Dr. Seiichi Nakajima, escreveu o livro intitulado de TPM: TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE (em português: Manutenção Produtiva Total), que é referência até hoje para os que buscam atingir o máximo da produtividade e qualidade da manufatura.
Neste livro, o autor deixa claro que “A incapacidade dos equipamentos para alcançar pleno potencial produtivo vem das perdas de tempo geradas por: inatividade, velocidade e defeito.”
Desta análise, realizada a mais de 50 anos, nasceu o conceito de Overall Equipment Effectiveness (OEE) que em português ficou conhecido como Eficiência Global de Equipamento e leva em consideração os índices de disponibilidade, performance e qualidade.
Agora, vamos analisar qual é o impacto do OEE no ganho de produtividade.
A fábrica que busca a perfeição
Para chegar o mais próximo possível do seu pleno potencial, as empresas avaliam e buscam soluções para reduzir melhorar a disponibilidade, performance e qualidade dia após dia.
Imaginemos um exemplo de uma fábrica que busca a perfeição onde o gerente reúne sua equipe para avaliar e traçar diretrizes para melhorar a eficiência de seus equipamentos.
Se o gerente industrial perguntar sobre a eficiência de determinada máquina, ele obtém as seguintes respostas:
- A eficiência foi de 75%, pois a máquina ficou 25% parada.
- Outro colaborador poderá dizer que ontem tínhamos que fazer 100 peças por hora, mas fizemos em média 87, então a eficiência está em 87%.
- E alguém da qualidade pode dizer, nada disso, nos temos uma eficiência de 95% pois 5% do que é produzido é refugo e acaba sendo descartado devido as não conformidades.
Perceba aqui que os 75% refere-se à disponibilidade, os 87% a performance e 95% é a qualidade. E neste exemplo o OEE seria de aproximadamente 62%.
Uma fábrica que busca a perfeição, independente de ter um OEE de 40, 60 ou 80% pode (e deve) fazer hoje melhor do que foi feito ontem e melhorar continuamente seus resultados.
Neste mesmo exemplo, de uma fábrica com 75% de disponibilidade, 87% de performance e 95% de qualidade, o que aconteceria se o mesmo gerente industrial que perguntou sobre a eficiência determinasse agora que o OEE% deverá ser melhorado um 1% ao mês.
Para tanto, ela precisaria melhorar pelo menos 0,5% a disponibilidade, a performance e a qualidade para atingir este objetivo, se pelo menos dois destes fatores aumentar 0,5% o terceiro fator com apenas 0,4% de ganho já irá gerar um ganho de 1% no fim do mês.
Por mais complicada que possa ser as condições de uma manufatura, sempre será possível tomar ações que reduzam as paradas, a ineficiência de ciclo e o refugo.
Na tabela 1 evidencia o quanto esta “fábrica que busca a perfeição” evoluiria em um ano se cumprisse a meta de melhorar o OEE 1% a cada mês:
Tabela 1- Aumento do OEE em 1% ao mês.
Se compararmos os resultados iniciais e finais após um ano, iremos observar que o OEE passou de 62% para 75% pois a disponibilidade que era 75% aumentou para 81%, a performance que era 87% evoluiu para 93% e a qualidade que era 95% alcançou 99,8%.
Gráfico 1- Evolução do OEE em 1 ano.
O que aconteceu de fato foi que as paradas, ineficiências de ciclo e refugo desta empresa diminuíram, enquanto a competitividade, produtividade e o lucro desta empresa aumentaram.
Considerando que no início esta fábrica atuava 24 horas por dia 30 dias por mês, podemos calcular efetivamente o quanto este 1% do OEE ao mês, significou em quantidade de peças produzidas com qualidade.
Para um rápido entendimento, vamos sumarizar na tabela 2, o cenário de antes e depois de 1 ano.
Tabela 2 – Tabela comparativa.
Conclusão
O que podemos concluir é que caso esta empresa decida aumentar o volume mensal de 44.631 peças para 50.000 peças com OEE anterior em 62%, a empresa precisaria de 34 dias para atender a demanda, agora mantendo o OEE em 81%, ela conseguirá atender a demanda em 28 dias e com mais 2 dias para a realização das manutenções preventivas das máquinas.
E esta empresa aumentou a quantidade de peças produzidas com qualidade sem comprar mais máquinas ou contratar mais mão de obra. Portanto durante 1 ano, houve um aumento de 21,6% na produtividade, impactando diretamente na lucratividade e aumentando a competitividade da empresa.
Assista ao vídeo abaixo e veja como a Prodwin pode aumentar a produtividade no chão de fábrica.
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